Apenas 15 municípios encerraram greve do Programa Saúde da Família em AL
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Presidente do Sindicato dos MédicosArquivo/Primeira Edição |
O presidente do Sindicato dos Médicos em Alagoas, Wellington Galvão, disse hoje (17) que mesmo com as tentativas de negociações em todo o Estado, apenas 15 municípios chegaram a um acordo e encerraram a greve dos médicos do Programa Saúde da Família (PSF) . Segundo o líder do Sinmed, ainda há cerca de 400 profissionais paralisados, apesar de 30% da categoria estar trabalhando conforme determina a legislação.
Entre as reivindicações da classe, os profissionais buscam um reajuste nos salários. Atualmente, a média no Estado para os profissionais é de R$ 5 mil, valor líquido, quando o ideal, segundo argumentam, seria em torno de 30 salários mínimos, ou seja, cerca de R$16 mil.
Ainda segundo o sindicalista, os médicos também estão buscando negociar melhores condições de trabalho nas cidades em que atuam. Além disso, entre as propostas, a entidade tem apresentado aos gestores municipais o Plano de Carreira para os médicos. “Alguns municípios já se comprometeram em implantar o Plano de Carreira, a partir de janeiro de 2012, mas precisamos avançar essa negociação também em todo Estado. Estamos viajando e batalhando por isso”, declarou Galvão, em entrevista ao Primeira Edição.
De acordo com Wellington Galvão, o sindicato deve, nos próximos dias, realizar mais mobilizações da categoria a fim de ampliar as negociações e fechar acordos em outros municipios. “ Há cidades que ainda não fizeram nenhuma rodada de negociação. Penedo, por exemplo. Lá, a categoria está na expectativa da abertura das negociações”, disse.
Wellington falou também que o Sinmed deve realizar uma assembleia geral com os profissionais de todos os municípios que ainda permanecem com a greve, na próxima segunda-feira, dia 21, às 19 horas, na sede da entidade.
Arapiraca
No município de Arapiraca a situação é mais crítica. Lá a justiça decretou a ilegalidade da greve justificando que a categoria não informou à prefeitura sobre a paralisação dos serviços e que os 30% dos profissionais não estão mantendo o serviço essencial como determina a legislação de greve.
O presidente do Sinmed disse que não tem conhecimento de forma oficial da decisão da Justiça e que está aguardando a comunicação para tomar as providências. “Não fomos notificados até o presente momento e, por isso não podemos tomar nenhuma atitude”, falou.
Apesar disso, já está marcada para próxima terça-feira, dia 22, uma assembleia com a categoria na cidade de Arapiraca, às 10 horas da manhã.
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