}

Translate

sábado, 19 de novembro de 2011

Sem acordo, cerca de 400 médicos do PSF continuam de braços cruzados

Apenas 15 municípios encerraram greve do Programa Saúde da Família em AL

 Por Marigleide Moura

Presidente do Sindicato dos MédicosArquivo/Primeira Edição
O presidente do Sindicato dos Médicos em Alagoas, Wellington Galvão, disse hoje (17) que mesmo com as tentativas de negociações em todo o Estado, apenas 15 municípios chegaram a um acordo e encerraram a greve dos médicos do Programa Saúde da Família (PSF) . Segundo o líder do Sinmed, ainda há cerca de 400 profissionais paralisados, apesar de 30% da categoria estar trabalhando conforme determina a legislação.
Entre as reivindicações da classe, os profissionais buscam um reajuste nos salários. Atualmente, a média no Estado para os profissionais é de R$ 5 mil, valor líquido, quando o ideal, segundo argumentam, seria em torno de 30 salários mínimos, ou seja, cerca de R$16 mil.
Ainda segundo o sindicalista, os médicos também estão buscando negociar melhores condições de trabalho nas cidades em que atuam. Além disso, entre as propostas, a entidade tem apresentado aos gestores municipais o Plano de Carreira para os médicos. “Alguns municípios já se comprometeram em implantar o Plano de Carreira, a partir de janeiro de 2012, mas precisamos avançar essa negociação também em todo Estado. Estamos viajando e batalhando por isso”, declarou Galvão, em entrevista ao Primeira Edição.
De acordo com Wellington Galvão, o sindicato deve, nos próximos dias, realizar mais mobilizações da categoria a fim de ampliar as negociações e fechar acordos em outros municipios. “ Há cidades que ainda não fizeram nenhuma rodada de negociação. Penedo, por exemplo. Lá, a categoria está na expectativa da abertura das negociações”, disse.
Wellington falou também que o Sinmed deve realizar uma assembleia geral com os profissionais de todos os municípios que ainda permanecem com a greve, na próxima segunda-feira, dia 21, às 19 horas, na sede da entidade.
Arapiraca
No município de Arapiraca a situação é mais crítica. Lá a justiça decretou a ilegalidade da greve justificando que a categoria não informou à prefeitura sobre a paralisação dos serviços e que os 30% dos profissionais não estão mantendo o serviço essencial como determina a legislação de greve.
O presidente do Sinmed disse que não tem conhecimento de forma oficial da decisão da Justiça e que está aguardando a comunicação para tomar as providências. “Não fomos notificados até o presente momento e, por isso não podemos tomar nenhuma atitude”, falou.
Apesar disso, já está marcada para próxima terça-feira, dia 22, uma assembleia com a categoria na cidade de Arapiraca, às 10 horas da manhã.

Nenhum comentário:

Postar um comentário