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segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A doença do beijo

Por Juliana Fontanella 

O Diário .com
Imagem Ilustrativa
A Imagem não está vinculada a matéria Fonte da Imagem:
umavoziip.blogspot.com
O beijo pode ser doce, de paixão, de amizade e até de traição, mas o que pouca gente sabe é que beijar também pode abrir caminho para um mal chamado mononucleose. A ’doença do beijo’ é causada pelo vírus Epstein-Barr, da família do herpes, sendo transmitida predominantemente através do contato com a saliva, na amamentação e por meio de relações sexuais. 

Os sintomas mais comuns lembram os de uma gripe forte com dor de garganta e a faixa de população mais atingida é a dos jovens entre 15 e 25 anos. O paciente só pega a mononucleose uma vez, depois o organismo cria anticorpos e se defende da infecção. 
A população infantil que é contaminada pela mononucleose geralmente vive em famílias pobres, ambientes com aglomeração de pessoas e pouca higiene. No caso dos jovens é a ‘mania de beijar’ que faz com que o vírus se espalhe. Não existe forma de prevenir a doença, porém ela raramente apresenta complicações. 
Segundo o médico infectologista e especialista em Infecção Hospitalar Luiz Jorge Moreira Neto, professor do curso de Medicina do Cesumar, algumas pessoas podem sentir fraqueza e cansaço por várias semanas. As dores e inflamação de garganta, linfonodos (gânglios) inchados no pescoço, febre e sensação de dores pelo corpo e mal-estar são sintomas comuns da mononucleose.

O médico alerta que estes sintomas podem persistir por vários dias, deixando muitas vezes a pessoa incapacitada para o trabalho e estudo. "Podem surgir ainda manchas vermelhas na pele, aumento do baço e fígado e, raramente, hepatites e problemas neurológicos. Esta infecção também tem sido associada ao surgimento de câncer no sistema linfático (linfoma)", acrescenta. 

A mononucleose não tem vacina e nem uma medicação específica para ela. O tratamento é direcionado para o alívio dos sintomas com medicamentos para dor e febre, náuseas e hidratação até que o organismo desenvolva os anticorpos e possa se curar sozinho. 

No Brasil, acredita-se que 95% da população adulta já teve a doença, muitos destes pacientes jamais manifestaram qualquer sintoma. O vírus pode permanecer na saliva da pessoa contaminada por até 18 meses após a doença, o que contribui para a disseminação. Apesar disso, a doença não oferece risco de epidemia. 

"A promiscuidade é, com certeza, o maior risco a que uma pessoa pode se expor para adquirir uma DST, inclusive a mononucleose", afirma Moreira Neto. Durante a época de carnaval ocorrem muitos novos casos dessas doenças pela falta dos cuidados preventivos. Hoje em dia temos vários jovens que se propõe a beijar várias pessoas numa mesma noite nas festas e isso é um fator importante para o contágio", enfatiza. 

O médico alerta, quando se trata de DSTs, o mais importante é evitar múltiplos parceiros, ter critério na escolha do parceiro sexual e usar corretamente o preservativo. Mesmo que a segurança não seja de 100%, a camisinha pode evitar contaminação por uma infecção grave como o HIV. A mononucleose não é transmitida para o bebê, caso a gestante se contamine, mas a sífilis e a aids, sim. 

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