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segunda-feira, 19 de março de 2012

Metade dos doentes com apneia do sono não tem doença diagnosticada


Cerca de metade dos portugueses que sofrem de apneia do sono, patologia que aumenta o risco de problemas cardiovasculares, não têm a doença diagnosticada -- revelou hoje a presidente da Associação Portuguesa de Sono (APS), Marta Gonçalves. Hoje celebra-se o Dia Mundial do Sono.


 
"Muitas vezes, os sintomas não são valorizados, as pessoas pensam que  ressonar é normal", considerou a médica, em declarações à agência Lusa a  propósito do Dia Mundial do Sono, que é assinalado esta sexta-feira.
 Estima-se que a síndrome da apneia do sono atinja cerca de cinco por  cento dos portugueses e o ressonar intenso "é um dos primeiros sinais de  alerta", a que se juntam outros como a sensação de noite mal dormida, cansaço,  sonolência, ansiedade e dificuldades de concentração e memória -- é referido  numa nota de imprensa.  
Para assinalar este dia, a associação organiza a 30 de março, no Palace  Hotel do Bussaco, no Luso (Mealhada), o simpósio "Uma Lufada de Ar - Atualização  em Ventilação na Patologia Respiratória do Sono". 
De acordo com a presidente da APS, a ventilação "é o tratamento de eleição  nas situações mais acentuadas de apneia do sono" e o simpósio, que conta  com vários especialistas internacionais, pretende dar a conhecer as últimas  inovações nesta área. 
Segundo a médica pediatria Maria Helena Estêvão, a apneia do sono também  afeta as crianças, estimando-se que 1 a 3% das crianças em idade escolar  sofram desta patologia. 
Tal como nos adultos, o primeiro e mais frequente sinal de alerta é  o ressonar, acompanhado de um sono agitado. Mais tarde, surgem outras manifestações  diurnas como dificuldades em acordar, dores de cabeça matinais, mau humor,  hiperatividade e, nas crianças mais velhas, dificuldades de aprendizagem  - lê-se na mesma nota. 
"Quanto mais tardio for o tratamento da apneia, maior é a probabilidade  de algumas alterações se tornarem irreversíveis", alerta a médica do Hospital  Pediátrico de Coimbra. 
De acordo com a presidente da APS, a insónia é a perturbação do sono  mais frequente na população portuguesa, atingindo 17 a 18% das pessoas.
 "É natural que em alturas de crise, haja mais depressão e ansiedade,  que não são muito favoráveis ao sono", adiantou a psiquiatra à Lusa. 
A médica aconselha as pessoas "a tentarem deixar, nas 24 horas do dia,  o tempo necessário para o sono, uma função essencial para o bem-estar físico".

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