No próximo sábado, 24, o mundo vai comemorar o dia internacional de combate à doença
Por Carmen Vasconcelos
Tosse persistente por mais de duas semanas, perda lenta de peso, suores noturnos, falta de apetite, dor no peito e emagrecimento são indicações claras de uma doença antiga, mas que até hoje causa um impacto muito grande na vida das pessoas: a tuberculose.
Ao contrário do que acontecia no passado, quando essa doença matava e precisava que as pessoas se internassem em centros afastados, a tuberculose hoje tem cura e quando diagnosticada no início, some sem deixar seqüelas.
No próximo sábado, 24, o mundo vai comemorar o dia internacional de combate à doença. Em Salvador, algumas atividades marcarão a data.
Tosse persistente por mais de duas semanas, perda lenta de peso, suores noturnos, falta de apetite, dor no peito e emagrecimento são indicações claras de uma doença antiga, mas que até hoje causa um impacto muito grande na vida das pessoas: a tuberculose.
Ao contrário do que acontecia no passado, quando essa doença matava e precisava que as pessoas se internassem em centros afastados, a tuberculose hoje tem cura e quando diagnosticada no início, some sem deixar seqüelas.
No próximo sábado, 24, o mundo vai comemorar o dia internacional de combate à doença. Em Salvador, algumas atividades marcarão a data.
A primeira será realizada no Hospital Octávio Mangabeira, com o 9º Seminário de Controle da Tuberculose, com atividades nas manhãs dos dias 19 e 21. Na próxima quarta-feira, 21, às 10 horas, no Posto de Saúde Orlando Imbassahy, Bairro da Paz, haverá uma palestra voltada ao público sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. A importância dessas iniciativas se justifica no fato de que para cada paciente não tratado, há o risco de que a contaminação atinja em média 10 a 15 pessoas por ano.
Em todo o Estado, os postos de saúde e os agentes que atuam com os programas de saúde da família estão preparados para as orientações e atendimento do paciente que tenha a doença diagnosticada através dos exames laboratorial(exame de escarro), imagem(raio-x) e clínico. A medicação também é oferecida gratuitamente.Se o tratamento, que dura em torno de seis meses, for seguido corretamente, as chances de cura chegam a 95%.
Coquetel
De acordo com o pneumologista Guilhardo Fontes Ribeiro, do Hospital Santa Izabel, um dos maiores desafios no enfrentamento da doença é o tempo de tratamento. “O paciente para de transmitir a doença no primeiro mês, mas mesmo com a melhora dos sintomas o coquetel de antibióticos precisa ser mantido até o final do sexto mês”, esclarece o médico.
Ele lembra que essa conclusão no processo terapêutico vai permitir que o agente causador da doença (o bacilo de Koch, microorganismo cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis) seja completamente eliminado e não crie resistência à medicação. “Nos Estados Unidos estão sendo realizados estudos para desenvolvimento de uma vacina e de um coquetel de medicamentos com tempo mais curto de tratamento”, diz o médico.
De um modo em geral, no Brasil, a Tuberculose tem a seu favor às deficiências econômicas e sociais da população, que possibilitam uma aglomeração maior de pessoas em uma mesma moradia, favorecendo o contágio, e uma alimentação distante da considerada ideal, fato que também fragiliza a reação do organismo no combate à infecção. Talvez por isso mesmo, no País, 85 mil novos casos de tuberculose sejam registrados a cada ano, com aproximadamente cinco mil mortes anuais pela doença.
A Bahia está em terceiro lugar no país, contabilizando cerca de cinco mil novos casos registrados anualmente. Em primeiro lugar está São Paulo e em segundo o Rio de Janeiro, mas a maior taxa de mortalidade encontra-se na região nordeste. A tuberculose representa a quarta causa de óbito por doença infecciosa no país. "Apesar de ser uma doença curável ocorre aproximadamente entre 350 e 400 óbitos por ano na Bahia, o que é profundamente lamentável", revela o pneumologista.
HIV “Nesses últimos anos, a Tuberculose associado à presença do HIV tem tornado ainda mais difícil o tratamento da doença, principalmente entre usuários de drogas”, ressalta o especialista. Apesar disso, a Organização das Nações Unidas pretende reduzir em 50% as taxas de incidência e mortalidade até o ano de 2015.
De acordo com Ministério da Saúde, as maiores taxas de incidência são no gênero masculino e grupo etário entre 45-49 anos. O percentual de cura em 2006 foi de 73% e o abandono de tratamento foi de 9%. Nos casos de tuberculose associado ao HIV foi de 57% e 14% de cura e abandono respectivamente. O Brasil é ainda um dos 22 países responsáveis por 90% dos casos de tuberculose no mundo.
Vale salientar que além do atendimento oferecido nos postos de saúde, a Bahia disponibiliza um hospital de referência no tratamento das tuberculoses multiresistentes que é o Hospital Octávio Mangabeira, localizado no bairro de Pau Miúdo.
Em todo o Estado, os postos de saúde e os agentes que atuam com os programas de saúde da família estão preparados para as orientações e atendimento do paciente que tenha a doença diagnosticada através dos exames laboratorial(exame de escarro), imagem(raio-x) e clínico. A medicação também é oferecida gratuitamente.Se o tratamento, que dura em torno de seis meses, for seguido corretamente, as chances de cura chegam a 95%.
Coquetel
De acordo com o pneumologista Guilhardo Fontes Ribeiro, do Hospital Santa Izabel, um dos maiores desafios no enfrentamento da doença é o tempo de tratamento. “O paciente para de transmitir a doença no primeiro mês, mas mesmo com a melhora dos sintomas o coquetel de antibióticos precisa ser mantido até o final do sexto mês”, esclarece o médico.
Ele lembra que essa conclusão no processo terapêutico vai permitir que o agente causador da doença (o bacilo de Koch, microorganismo cientificamente chamado Mycobacterium tuberculosis) seja completamente eliminado e não crie resistência à medicação. “Nos Estados Unidos estão sendo realizados estudos para desenvolvimento de uma vacina e de um coquetel de medicamentos com tempo mais curto de tratamento”, diz o médico.
De um modo em geral, no Brasil, a Tuberculose tem a seu favor às deficiências econômicas e sociais da população, que possibilitam uma aglomeração maior de pessoas em uma mesma moradia, favorecendo o contágio, e uma alimentação distante da considerada ideal, fato que também fragiliza a reação do organismo no combate à infecção. Talvez por isso mesmo, no País, 85 mil novos casos de tuberculose sejam registrados a cada ano, com aproximadamente cinco mil mortes anuais pela doença.
A Bahia está em terceiro lugar no país, contabilizando cerca de cinco mil novos casos registrados anualmente. Em primeiro lugar está São Paulo e em segundo o Rio de Janeiro, mas a maior taxa de mortalidade encontra-se na região nordeste. A tuberculose representa a quarta causa de óbito por doença infecciosa no país. "Apesar de ser uma doença curável ocorre aproximadamente entre 350 e 400 óbitos por ano na Bahia, o que é profundamente lamentável", revela o pneumologista.
HIV “Nesses últimos anos, a Tuberculose associado à presença do HIV tem tornado ainda mais difícil o tratamento da doença, principalmente entre usuários de drogas”, ressalta o especialista. Apesar disso, a Organização das Nações Unidas pretende reduzir em 50% as taxas de incidência e mortalidade até o ano de 2015.
De acordo com Ministério da Saúde, as maiores taxas de incidência são no gênero masculino e grupo etário entre 45-49 anos. O percentual de cura em 2006 foi de 73% e o abandono de tratamento foi de 9%. Nos casos de tuberculose associado ao HIV foi de 57% e 14% de cura e abandono respectivamente. O Brasil é ainda um dos 22 países responsáveis por 90% dos casos de tuberculose no mundo.
Vale salientar que além do atendimento oferecido nos postos de saúde, a Bahia disponibiliza um hospital de referência no tratamento das tuberculoses multiresistentes que é o Hospital Octávio Mangabeira, localizado no bairro de Pau Miúdo.
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