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quinta-feira, 17 de maio de 2012

CPI poupa dono da Delta e três governadores

Parlamentares decidiram quebrar sigilo da empresa só no Centro-Oeste e de ex-diretor preso. Cabral, Perilo e Queiroz, por enquanto, não serão chamados a depor


Brasília -  A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as ligações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com parlamentares aprovou ontem a quebra dos sigilos telefônico, bancário e fiscal de 36 pessoas e empresas e a convocação de 51 pessoas para depor. Mas encerrou a reunião sem votar requerimentos que pediam a convocação para depoimento dos governadores de Goiás, Marconi Perillo (PSDB); do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT); e do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Também escapou da convocação Fernando Cavendish, amigo de Cabral e dono da Delta Construção, empresa que tem contratos com os governos federal e fluminense e está sob suspeita de pertencer ao esquema de Cachoeira.

O clima na CPI do Cachoeira ficou tenso entre parlamentares da oposição — que querem ouvir os três governadores — e os da base aliada, que pressionaram ontem para os requerimentos relativos aos depoimentos de Perillo, Queiroz e Cabral só serem votados na próxima reunião administrativa, em 5 de junho. Em meio à discussão, uma equipe do SBT fez imagens do deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo no Congresso, enviando uma
 mensagem pelo celular para destinatário identificado no aparelho como “Sérgio Cabral”: “A relação com o PMDB vai azedar na CPI, mas não se preocupe, você é nosso e nós somos teu”.

A Delta também foi parcialmente poupada. Ao votar os requerimentos de pedido de quebra dos sigilos, a CPI só aprovou a ofensiva contra as subsidiárias em Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e
 Distrito Federal. Com relação a executivos que já foram ligados à Delta, só foi aprovada a quebra dos sigilos do ex-diretor para o Centro-Oeste, Cláudio Abreu, que está preso. Os requerimentos que pedem a quebra dos sigilos da empresa em todo o País também só serão votados em 5 de junho.

Serão convocados para depor parentes de Cachoeira e do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, preso por suspeita de ser informante e braço direito de Cachoeira. é outro que terá seus sigilos quebrados.

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