Eles afirmam que foram agredidos e submetidos a pressão psicológica.
PM afirma que agiu dentro da legalidade.
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Por volta das 16h, manifestantes realizaram ato na USP contra a detenção de alunos (Foto: Raphael Prado/ G1 ) |
Em carta aberta publicada por meio do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de São Paulo (Sintusp) os manifestantes que foram retirados da reitoria da USP nesta terça-feira (8) repudiaram a ação da Polícia Militar na reintegração de posse, ocorrida durante a madrugada. Segundo o diretor do Sintusp Marcelo Pablito, a reitoria “rompeu com todos os canais de comunicação [após a reintegração]”. Questionado pela manhã sobre a suposta truculência, o porta-voz da PM, Major Sofner, disse que a corporação agiu dentro da legalidade.
“Os 73 jovens presos pela polícia tiveram a ousadia de denunciar a truculência da Polícia Militar”, disse, em frente ao 91º DP, onde os detidos foram levados. O documento pede a revogação do convênio entre a USP e a PM, retirada dos processos contra os estudantes e liberdade para os manifestantes, que eles chamam de presos políticos.
Segundo o porta-voz do sindicato, a ditadura militar “vive na USP”. Ele chegou a reclamar de abusos de autoridade por parte da PM. Questionado sobre quais seriam esses abusos, ele, no entanto, não soube precisá-los. A ocupação da reitoria, segundo o Sintusp, foi democrática. “Foi decidida em assembleia e os alunos estavam abertos ao diálogo. A atitude da reitoria, porém, termina com qualquer tipo de comunicação.”
“Os 73 jovens presos pela polícia tiveram a ousadia de denunciar a truculência da Polícia Militar”, disse, em frente ao 91º DP, onde os detidos foram levados. O documento pede a revogação do convênio entre a USP e a PM, retirada dos processos contra os estudantes e liberdade para os manifestantes, que eles chamam de presos políticos.
Segundo o porta-voz do sindicato, a ditadura militar “vive na USP”. Ele chegou a reclamar de abusos de autoridade por parte da PM. Questionado sobre quais seriam esses abusos, ele, no entanto, não soube precisá-los. A ocupação da reitoria, segundo o Sintusp, foi democrática. “Foi decidida em assembleia e os alunos estavam abertos ao diálogo. A atitude da reitoria, porém, termina com qualquer tipo de comunicação.”
O manifesto divulgado pelo Sintusp afirma que os estudantes sofreram abusos, afirmação negada pela Polícia Militar. "Nós, estudantes da USP, que lutamos contra a polícia na universidade e pela retirada dos processos administrativos contra estudantes e trabalhadores, viemos por meio desta nota pública, denunciar a ação da Tropa de Choque e da Polícia Militar na madrugada do dia 8/11. Numa enorme demonstração de intransigência em meio ao período de negociação e na calada da noite, a reitoria foi responsável pela ação da tropa de choque da PM que militarizou a universidade numa repressão sem precedentes. Num operativo com 400 homens, cavalaria, helicópteros, carros especializados e fechamento do Portão 1 instalou-se um clima de terror, que lembrou os tempos mais sombrios da ditadura militar em nosso país", diz a nota.
"Resistimos e nos obrigaram a entrar em salas escuras, agrediram estudantes, filmaram e fotografaram nossos rostos (homens sem farda nem identificação). Levaram todas as mulheres (24) para uma sala fechada, obrigando-as a sentarem no chão e ficarem rodeadas por policiais homens com cacetetes nas mãos. Levaram uma das estudantes para a sala ao lado, que gritou durante trinta minutos, levando-nos ao desespero ao ouvir gritos como o das torturas que ainda seguem impunes em nosso país. Tudo isso demonstra o verdadeiro caráter e o papel do convênio entre a USP e a Polícia Militar", diz o documento.
"A ditadura vive na USP. Tropa de choque, polícia militar, perseguições a estudantes e trabalhadores, demissão de dirigentes sindicais, espionagem contra ativistas e estudantes, repressão através de consultas psiquiátricas aos moradores do CRUSP (moradia estudantil). Nós, que estamos desde as 5h sob cárcere e controle dos policias, chamamos todos a se manifestarem contra a prisão de 73 estudantes e trabalhadores por lutarem com métodos legítimos por seus direitos", afirmam os estudantes, segundo a nota divulgada pelo Sintusp.
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