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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Médicos protestam contra validação de diplomas estrangeiros

O presidente do sindicato disse que na última prova realizada no ano de 2011, de 600 formandos em Medicina estrangeiros que passaram pelo exame, apenas três foram aprovados.

Médicos e acadêmicos de Medicina fizeram uma manifestação contra a revalidação automática de diplomas estrangeiros

Por: Luana Carvalho . 

Manaus - Médicos e acadêmicos de Medicina de universidades públicas e particulares de Manaus realizaram na manhã desta terça-feira (24), uma manifestação contra a revalidação automática de diplomas estrangeiros. A mobilização aconteceu na Faculdade de Medicina da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Cachoeirinha, zona sul de Manaus.
O projeto de lei 15/2012 foi proposto pela senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e está tramitando no Senado. Para o presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-AM), Dr. Jefferson Jezini, a proposta envolve muitas questões políticas partidárias. “Existem filhos de deputados e senadores que fazem faculdade em outros países e estão querendo facilitar o exercício da profissão no Brasil. O Partido Comunista está querendo que médicos de Cuba entrem no país sem que façam a prova de qualificação e nós não podemos deixar que isso aconteça”, denunciou.
O projeto tem como objetivo o reconhecimento de diplomas de cursos de graduação em medicina expedidos por instituições estrangeiras de ensino superior, principalmente da faculdade Faculdade Latino-americana de Medicina de Cuba, segundo Jezini.
Para o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas (Simeam), Dr. Mário Vianna, o projeto de lei fere a legislação vigente. "Isso é um absurdo, é interesse comunista, pois nossos alunos se esforçam, estudam para passar no vestibular e se dedicam durante anos para alunos estrangeiros chegarem aqui e exercerem a profissão sem nenhuma prova de validação? Isso não está certo!", declarou.
Vianna ressaltou ainda que na última prova realizada no ano de 2011, de 600 formandos em Medicina estrangeiros que passaram pelo exame, apenas três foram aprovados. "Nossas universidades são melhores. Nos cursos de Medicina em outros países eles não têm noção das necessidades sociais brasileiras, sem falar na questão do idioma: eles pensam que entendemos fácil o espanhol, mas não", disse. O presidente informou que o  Brasil é o país com maior número de universidades de Medicina, perdendo apenas para a China.
Segundo ele, o Amazonas possui médicos para atender as demandas da capital e do interior do estado. "Não é preciso que contratem pessoas de fora. O que falta é uma política séria de medicina para que possam aproveitar nossos profissionais", disse.
O finalista do curso e Medicina, Bruno Braga, também é contra o projeto de lei. "Nós não estamos de acordo e não vamos permitir que médicos que não queiram provar sua qualificação roubem os nossos lugares. Se eles querem exercer a profissão que façam a prova nacional, e aí sim, serão bem-vindos".
O Simean, juntamente com os Diretórios Acadêmicos das Faculdades de Medicina em Manaus e com o apoio do vereador Homero Leão (PHS), irão solicitar uma audiência pública na Câmara Municipal de Manaus para que o assunto seja discutido com os demais parlamentares.

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