Esperado no velório o arquiteto, que tem 104 anos, não compareceu para acompanhar o sepultamento.
Rio de Janeiro - Foi enterrado, nesta quinta-feira(7), no cemitério São João Batista, em Botafogo (RJ), o corpo da galerista Anna Maria Niemeyer, de 82 anos, filha do arquiteto Oscar Niemeyer. Esperado no velório o arquiteto, que tem 104 anos, não compareceu para acompanhar o sepultamento. De acordo com o filho dela, o administrador Carlos Oscar Niemeyer Magalhães a família e os médicos do arquiteto o deixaram a vontade para decidir se acompanharia ou não o enterro de sua filha. Segundo ele os médicos ainda avaliam as condições de saúde de Oscar Niemeyer que recentemente ficou internado devido a uma pneumonia.
Durante o velório, Carlos Oscar Niemeyer comentou que o arquiteto visitou a filha no hospital no último domingo. Anna Maria Niemeyer morreu na tarde de quarta-feira em consequência de um enfisema pulmonar. Segundo o filho mais novo, ela ficou internada cerca de 40 dias, chegou a receber alta mas voltou a ser internada no último dia 01 de junho. A galerista deixa quatro filhos, 13 netos e quatro bisnetos.
Cerca de 150 pessoas entre parentes e amigos compareceram ao sepultamento. A presidenta Dilma Roussef, o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes enviaram coroas de flores ao sepultamento. Uma missa de corpo presente foi celebrada pelo padre Jorge Luiz Neves da Silva, o padre Jorjão, na Capela 2 do Cemitério São João Batista, onde o corpo estava sendo velado. Parentes da galerista, como o neurocirurgião Paulo Niemeyer, também acompanharam o enterro mas não quiseram dar entrevistas.
Para o administrador Carlos Oscar Niemeyer Magalhães, filho da galerista, a família perdeu com a morte de Anna Maria Niemeyer uma grande agregadora de toda a família. Ele contou que até Oscar Niemeyer, quando tinha problemas procurava conversar com a filha. O administrador acrescento que pai e filha se viam todos os dias.
— Ele está muito abalado porque o pai receber a notícia da morte de um filho é uma coisa extremamente difícil, imagina para um pai de 104 anos, a situação é ainda mais complicada — disse Carlos Oscar.
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